quinta-feira, 19 de junho de 2014

Infernos telefônicos



Parafraseando Manoel de Barros eu estou menos para pedra e mais para socialismo. Digo isso porque fui buscar na memória um tempo em que tínhamos apenas a Embratel. Empresa Brasileira de Telecomunicações. Naqueles longínquos dias era apenas essa empresa que cuidava dos telefones. Não havia as múltiplas opções do capitalismo moderno. No começo, apenas os mais endinheirados podiam ter um telefone, depois, a tecnologia foi avançando e o produto barateando. A empresa, que era estatal, começou também a colocar telefonia no campo. Era uma alegria aquele orelhão nas vendas do interior, nos quais as pessoas faziam fila para falar com os parentes. E o dono da venda acabava sendo o “recadeiro”, fazendo a ponte entre os que estavam fora e a gente do local.

Na cidade, mesmo as pessoas que não podiam ter uma linha telefônica em casa, tinham a sua disposição as cabines da “telefônica”. Elas estavam sempre à mão. Lembro que eu descia a Felipe todos os domingos de manhã, até a antiga Telesc, na Praça em frente ao INSS, para falar com a minha mãe, em Minas Gerais. Não tinha estresse com isso. Ou se tinha o telefone em casa, ou se ia à telefônica. E para falar localmente, os orelhões estavam por toda a parte. E caso se precisasse de alguma informação, ali estavam as moças e os moços da Telesc, em carne e osso.  

Hoje, com a modernização do setor, o que temos? A empresa brasileira de telecomunicações foi sucateada e fatiada. Depois de montar toda a estrutura de telefonia nesse gigante país, foi entregue aos “empreendedores”. O grosso do empreendimento foi estatal, os lucros estavam entregues ao capital privado.  Grandes empresas de telefonia vieram pegar o seu quinhão. “Tudo vai melhorar”, diziam. E àqueles que defendiam o monopólio estatal chamavam de atrasados, uma gente contra o progresso.

Pois aí estão a Vivo, a OI, a Claro, a Tim, com maioria de capital estrangeiro. O que trouxeram de bom? Temos mais opções? Sim. Temos. Mas qual a qualidade dessas opções? Eu luto contra a Oi há mais de um ano, tentando provar – eu tenho de provar  - que pedi para desligar um número que eles insistem em me cobrar. As contas vêm cheias de cobranças de telefonemas que nunca dei. Os planos são verdadeiras armadilhas. Para vender um plano, existem as moças bonitas, os rapazes simpáticos. Mas, para reclamar, ou solicitar qualquer reparo já não há pessoas. Só o infindável pular de um atendente a outro, que te perguntam as mesmas coisas 10, 20 vezes para, ao fim, não resolverem os problemas. Encerrar um serviço é mais difícil que ganhar na loto. Não há lojas com pessoas, só aquelas vozes em gerúndio, que ficam sabe deus onde.

Semana passada encerrei tudo que tinha em casa. Tirei telefone, internet, celular, tudo. Mandei cortar. Agora é esperar para se incomodar por meses, pois certamente as contas seguirão chegando. Oi? “Senhora elaine, a senhora tem de estar pagando para depois reclamar”. E lá vai dinheiro. Pode-se ir ao Procom. Sim, pode-se. Mas tem de ter todos os números de protocolo dos telefonemas dados. Impossível isso. Pode-se também fazer queixa na Anatel. Mas tem de ser via sistema. Não há pessoas. E quem, e são consciência consegue  encerrar aqueles formulários? Eu não!


O mundo coloridos das “opções” não serve pra mim, sou fraca com quantidades inúteis, por isso sou menos pedra e mais socialista. Uma única opção. Uma empresa estatal, com humanos no atendimento. Com todos os seus problemas e limitações.  A vida moderna exige os serviços. E lá vamos pulando. De Oi para Net, de Net para Claro, de Claro para Tim, de Tim para o inferno, e assim por diante. Não há paz para meu bolso, nem para meu coração.  Que os deuses me ajudem!!! Dinossauricamente eu clamo por uma empresa brasileira, que cuide de nós... Que seja mais afeita a gente que a moeda. 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Já estão abertas as inscrições para o 2º Seminário Unificado de Imprensa Sindical



De 6 a 8 de agosto/2014 será realizado em Florianópolis, Santa Catarina, pelo Fórum de Comunicação da Classe Trabalhadora, o 2º Seminário Unificado de Imprensa Sindical. O evento será um importante espaço de debates sobre a imprensa sindical na disputa de hegemonia. O tema do seminário deste ano é: “A Democratização da Comunicação e a luta contra a Criminalização dos Movimentos”. 

Entre os temas que serão abordados estão: Lei de meios – realidade e perspectivas no Brasil e na América Latina; Como andam o jornalismo sindical e as condições de trabalho nas assessorias de imprensa?; A importância da Mídia Alternativa na luta contra a criminalização dos movimentos e a disputa de hegemonia; e A aplicação das redes sociais no jornalismo sindical. O Seminário é voltado para jornalistas, assessores de comunicação, dirigentes sindicais e estudantes na área de comunicação. Durante o evento haverá espaço para exposição dos materiais dos sindicatos. 

As inscrições estão abertas de 9  a 23 de julho.

Veja abaixo mais informações sobre o vento, a programação completa e como se inscrever.

Nos encontramos todos lá! 

2º Seminário Unificado de Imprensa Sindical do Sindprevs/SC

Público-alvo: jornalistas, assessores de comunicação, dirigentes sindicais e estudantes na área de comunicação.

Vagas limitadas

Informações

imprensa2@sindprevs-sc.org.br e imprensa@sinasefe-sc.org.br ou pelos fones (48) 3224.7899 (com Marcela Cornelli, das 13h às 18h) e (48) 3028-5787 (com Luciano Faria, das 13h às 18h)

Inscrições 

De 9 de junho a 23 de julho de 2014 

Valor da Inscrição:  R$ 130,00

(a inscrição cobre a alimentação)

Hospedagem

Sugerimos hospedagem no Hotel Canto da Ilha, local do evento. Fone: (48) 3261-4000 e 3261-4054  reservas@cantodailha.com.br | www.cantodailha.com.br. Endereço: Av. Luiz Boiteux Piazza, 4810 – Praia de Ponta das Canas.

Valores da hospedagem no Hotel Canto da Ilha 

com café da manhã

Quarto com duas pessoas: R$ 150,00 - R$ 75,00 por pessoa

Quarto com três pessoas: R$ 195,00 - R$ 65,00 por pessoa

*preços promocionais somente para quem participar do evento.

* diária inicia às 14 horas e encerra às 12 horas. 

Como se inscrever?

- a inscrição pode ser realizada pelo e-mail: imprensasindical2014@gmail.com, contendo o nome do participante, telefone para contato, cidade/estado e local de trabalho.

- o valor da inscrição deve ser depositado no Banco do Brasil, agência 4236-6, conta nº 7011-4 ou na Caixa Econômica Federal, agência 1078, operação 003, conta nº 333-9. (CNPJ Sindprevs/SC: 782671430001-51)

- o comprovante do depósito da taxa de inscrição deve ser enviado através do e-mail: imprensasindical2014@gmail.com com o nome completo do participante.

- a inscrição só estará confirmada após o envio do comprovante do depósito. 

Programação:   

Dia 6 de agosto (quarta-feira) 

18h30min – abertura

19h - Palestra: O jornalismo sindical na era da disputa pela hegemonia, com Vito Gianotti, Coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC).

20h30min - Debate

21h – Coquetel de confraternização e lançamento de livro. 

Dia 7 de agosto (quinta-feira) 

9h – Mesa: Lei de meios – realidade e perspectivas no Brasil e na América Latina, com Nora Veiras, jornalista argentina, subeditora da Seção Política do Jornal Página 12, integrante da equipe jornalística do programa 678 da TV Pública da Argentina e condutora do programa diário Manhã Mais da Rádio Nacional Argentina, e a jornalista, Elaine Tavares, mestre em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, pesquisadora no Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC) e editora da revista Pobres & Nojentas.

10h30min – Debate 

12h – Almoço 

14h – Mesa: Como andam o jornalismo sindical e as condições de trabalho nas assessorias de imprensa?, com Roberto Ponciano, mestre em História, Coordenador de Imprensa da Fenajufe, diretor de imprensa do Sisejufe e um dos criadores da  Revista Ideias; Magali Moser, professora do curso de jornalismo da FURB e jornalista do Sinsepes/Blumenau; e Glauco Marques, ex-diretor de imprensa do Sinergia e comunicador da Rádio Comunitária Campeche. 

15h30min – Debate 

16h – Café 

16h30min - Palestra: A importância da Mídia Alternativa na luta contra a criminalização dos movimentos e a disputa de hegemonia, com Pablo Capilé, do Coletivo Fora do Eixo, e Vívian Virissimo, editora do Brasil de Fato Rio de Janeiro e diretora do Sindicato dos jornalistas do Município do Rio.

18h – Encerramento 

19h30min - Jantar 

Dia 8 de agosto (sexta-feira) 

9h – Palestra: A aplicação das redes sociais no jornalismo sindical, com Gustavo Barreto, jornalista, pesquisador, professor e colaborador do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC).

10h30min – Debate 

12h – Almoço 

14h – Mesa de avaliação, propostas e encaminhamentos

17h – Encerramento

terça-feira, 17 de junho de 2014

Funai reconhece que estado tem dívida com os Xokleng

Entrevista com João Maurício Farias , superintendente da Funai.